domingo, 2 de agosto de 2015

Nova campanha contra acidentes de trânsito

Devido o aumento do número de acidentes de trânsito ligados ao número de usuários de celular ao volante falando e teclando, o Ministério da Sáude lança essa campanha.

Eu apoio o não uso do celular!!!!!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Enxaqueca? Fuja da Luz

Quem sofre de enxaqueca talvez ainda não tenha se dado conta da influência e diferença da iluminação por lâmpadas incandescentes e fluorescentes.
Hoje devido a economia de energia utilizamos a luz do tipo fluorescente preferencialmente. Apesar de não percebermos ela pisca cerca de 120 vezes por segundo. Nós podemos não perceber mas nosso cérebro percebe. Isso causa um estimulo cerebral.

Quem sofre de enxaqueca já sofre com uma hiperatividade cerebral, e portanto qualquer estímulo pode desencadear uma nova crise ou até potencializar uma crise em andamento.

Além da lâmpada fluorescente, outros estímulos podem piorar esse quadro como televisão, cafeína, nicotina, chá mate, refrigerante, computador, pílula anticoncepcional, entre tantos que podemos citar.
Portanto fugir de mais esse estímulo é palavra de ordem para uma vida com menos dor.
O conselho é adquirir lâmpadas incandescentes que ainda estão a venda até 2016 e manter um estoque, para ser usadas principalmente nos cômodos de maior uso como quartos e salas ou até na casa toda.Elas funcionam por outro mecanismo, semelhante a luz natural que obtemos da luz solar e fogo, obtidas através do calor. Ou se quiser continuar com a economia comprar lâmpadas de LED em corrente contínua, em corrente alternada elas terão o mesmo efeito da fluorescentes.
Você sofre de enxaqueca? Em primeiro lugar procure um médico para entender a origem de sua enxaqueca. A dor pode não matar mas impede de viver plenamente.



Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.

Fonte: Dr. Alexandre Feldman, clínico-geral, CRM(SP) 59046 (http://www.enxaqueca.com.br/blog/luz-fluorescente/)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Correu algum risco com HIV? Fique atento que tem novo protocolo pelo SUS


quinta-feira, 16 de julho de 2015

A coluna na gravidez


O QUE PRECISO SABER SOBRE O PARTO

Como dito em outra postagem sobre gravidez, o corpo da mulher se prepara para o parto no momento em que foi fecundado. Vários hormônios vão atuar para preparar o corpo para esse momento. Por exemplo, o estrogênio vai relaxar os ligamentos pélvicos, assim as articulações sacroilíacas vão ficar maleáveis e a sínfise púbica elástica para facilitar a passagem do bebê no canal de parto, isso tudo junto ao aumento da vagina, que por si só tem um tecido elástico. Porém o estrogênio sempre ficará diminuído em relação a progesterona, porque este último hormônio é que mantém o bebê.

Durante a gravidez a mulher tem contrações, que chamam de contrações de treino ou de Braxton Hicks. Pode ocorrer inclusive o falso trabalho de parto, onde a mulher começa a ter contrações mais fortes, rítmicas e depois involuir. Isso é natural e não há problema algum para saúde da mulher e do bebê. Óbvio, que ninguém vai ficar em casa achando que é um falso trabalho de parto. Mas não se frustre se as contrações pararem e mandarem você pra casa.

Próximo do término da gravidez, o útero começa a ficar excitável. Ainda não se sabe como ocorre o estímulo que vai dizer quando o parto de fato vai ocorrer. Duas hipóteses estão em alta: Alterações hormonais que causam a excitação da musculatura e alterações mecânicas.
Quando o útero começa as contrações pra valer, ou seja, rítmicas e fortes é que se considera o trabalho de parto propriamente dito. Nesse caso, tem-se uma alta do estrogênio em relação a progesterona, lembre-se a progesterona que mantém a gravidez. Essas contrações têm como ator principal a ocitocina, hormônio responsável pelas contrações uterinas e ejeção do leite. Além desses hormônios maternos, existem hormônios fetais, entre eles, a ocitocina novamente, que também estimulam essas contrações. Ou seja, mãe e bebê estão conectados para esse nascimento.
As contrações vêm em ondas, de forma que empurram o bebê para baixo. A própria distensão do útero colabora para aumento das contrações.  Essas contrações seguem com intervalos cada vez menores, isso é importante para a expulsão do bebê e as pausas para a respiração do mesmo. As contrações por serem fortes podem diminuir ou impedir o fluxo sanguíneo para o bebê. O uso de ocitocina sintética é perigoso porque pode causar espasmo uterino ao invés de contração causando hipóxia ou morte do bebê. Por isso seu uso deve ser feito com cuidado e responsabilidade.

Quando a dilatação do útero é total (essas é uma das primeiras barreiras a ser vencida), a bolsa rompe (esse rompimento pode ocorrer antes ou não ocorrer e o bebê nascer empelicado), e a cabeça do bebê entra no canal do parto (em 95% dos casos). A cabeça funciona como cunha abrindo as estruturas do canal de parto, mas o bebê pode vir de bumbum ou mesmo com os pés.

A própria cabeça do bebê não tem os ossos já fixos para que possa se moldar a passagem, depois retornando ao formato normal. A famosa “Moleira” do bebê nada mais do que a ajudinha do bebê para nascer, entre as outras funções que possui.
A dor em todo esse processo é presente, mas massagens, a companhia de pessoas de confiança e foco no nascimento do bebê aliviam e deixam mais afloradas a descoberta da mulher como autora do nascimento do seu bebê. Como vimos é um momento dos dois!
A dor é fundamental para a fisiologia do trabalho de parto pois vai auxiliar no processo de expulsão do bebê e prepara para o vínculo.


Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.
Referências:
GUYTON, A.C.: Fisiologia Humana. Editora Guanabara Koogan S. A., Sexta edição, 1988. 


quarta-feira, 15 de julho de 2015

DURANTE A GRAVIDEZ: O QUE MUDA NO MEU CORPO


 Que mudanças ocorrem no corpo da mulher é notório. Mas você sabe porque seu corpo está mudando?
Este artigo visa de maneira simples explicar para as mamães algumas dessas alterações sem ser muito pontual ou utilizar o linguajar difícil dos doutores.
Após a fecundação vários eventos mediados por uma enxurrada de hormônios vão ocorrer visando a implantação, nutrição e crescimento do futuro embrião. Enquanto não há cordão umbilical formado, a nutrição do bebê será feita por fagocitose do endométrio (o futuro bebê se alimenta do próprio tecido que reveste o útero). Lá pela 12ª semana, a placenta se desenvolveu e a partir daí a mãe começa a fornecer os nutrientes para o bebê e retirar as substâncias que sobram dessa nutrição, que chamamos de excretas. É importante frisar que o bebê recebe os nutrientes de forma prioritária, ou seja, se a mãe não se alimentar de forma que tenha nutrientes para ela e o bebê, vai faltar num primeiro momento para ela. Por isso, muitas grávidas ficam com anemia, fraqueza, entre outros.

Muitas destas alterações são visíveis para mulher e para todos à volta, outras são mais sucintas.
Os órgãos sexuais da mulher aumentam de tamanho como o útero, as mamas e a vagina. Só para ter uma idéia um útero não grávido tem até cerca de 90 g. Ele chega até 1 kg na gravidez. Mais de dez vezes o seu peso!

A gestante engorda cerca de 11 kg durante a gestação, cerca de 3 kg é do bebê, 2 kg do líquido amniótico, o útero e as mamas aumentam cerca de 1 kg cada, 2,5 kg é de volume de líquido no corpo (volume sanguíneo e líquido extracelular) e 1,5 kg de gordura. Como é possível prever, grande parte desse ganho será perdido imediatamente após o parto. O volume de líquido também é perdido logo após esse período. As mamas como começarão a trabalhar nesse período vão manter esse aumento e o útero voltará ao seu tamanho original gradativamente.
Esse volume sanguíneo aumentado visa ter estoque extra para a perda durante o parto e suprimento sanguíneo para o bebê. O volume perdido em geral é ¼ desse volume, tendo assim uma margem de segurança para mãe.
Com esse volume todo de líquido aumentado, tem-se uma carga extra de trabalho para os rins que filtram todo esse líquido várias vezes ao longo do dia. Por isso é muito importante a ingestão de líquidos e as idas para esvaziar a bexiga, mantendo o rim em bom funcionamento.

O volume de cálcio circulante aumenta consideravelmente, isso porque está sendo enviado para a formação óssea do bebê. Se a mãe descuidar e tiver tendência pode adquirir um depósito desse cálcio no rim. Além disso, se na dieta não tiver esse elemento importantíssimo, onde o corpo vai conseguir cálcio para que não falte para o bebê? Ele será retirado das reservas ósseas da mãe para envio para o bebê. Como já dito, o bebê receberá prioritariamente tudo o que é necessário para seu pleno desenvolvimento, mesmo que isso deixe a mamãe com os ossos mais fracos e sujeitos à fraturas. Por isso, alimentação regular e equilibrada é fundamental para saúde de ambos. E enquanto ler este artigo vale a pena tomar um belo copo de água para ajuda a ingerir tanta informação.


E se você ainda não ficou convencida de que água é importante saiba que a água do líquido amniótico é renovada a cada 3 horas em média. Isso porque grande parte do líquido recebe a excreção renal do bebê. Isso mesmo, o xixi do bebê! Então para auxiliar toda essa troca nada como a mamãe se hidratar com muita água e suco.
Devido a todo esse aumento corpóreo e envio de nutrientes para o bebê, a mulher tem mais fome e precisa de uma dieta equilibrada. Não adianta a mulher sair comendo os armários e tudo que vê pela frente. Isso tende a engordar acima do peso saudável e mesmo assim não estará com os nutrientes necessários. Para isso o acompanhamento pré-natal também vai ajudar e se necessário o acompanhamento com um nutricionista.

Na segunda metade da gravidez é comum o maior cansaço, devido o peso acumulado e também ao metabolismo que se acelera, isso também pode causar um calor excessivo. Nem todas as grávidas sentirão esse calor excessivo, mas a maioria que sente, sabe do que estou falando. É uma sauna ambulante. Se for no verão e você morar em regiões quentes como Recife, você corre doida. Mas assim que tiver o bebê passa todo esse calor convertido em amor.
Boa sorte para as mamães de plantão e para as mulheres que estão se preparando para entrar nesse período.
Em breve um pouco da fisiologia do parto para quem ainda tem medo, veja que não há bicho-papão. Um momento belo e único que teve um preparo do corpo durante 9 meses para capacitar a mulher a parir.



Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.

Referências:
GUYTON, A.C.: Fisiologia Humana. Editora Guanabara Koogan S. A., Sexta edição, 1988. 


segunda-feira, 13 de julho de 2015

RETINOBLASTOMA

Se você já ouviu falar, saiba que é um dos poucos que conhecem essa grave doença. Mas você sabe quais os sintomas? Quais os grupos de risco? Como tratar? Se não sabia, agora ficará sabendo. Vamos lá!
Retinoblastoma é um tumor maligno na retina. Pode ser hereditário ou esporádico. Pode ser congênita (aparecer enquanto o bebê está ainda em desenvolvimento na barriga da mãe) ou manifestar-se geralmente até os 3 anos de vida e pode afetar um ou os dois olhos. A doença pode ocorrer em crianças de outras idades e também em adultos. 
Os sinais e sintomas variam, mas o sinal mais comum é o reflexo branco ou reflexo de olho de gato que ocorre devido o descolamento da retina ocasionado pelo tumor.


Figura: Acima esquema de olho normal e abaixo esquema com presença de tumor (http://weillcornellbrainandspine.org/condition/retinoblastoma)
Pode ocorrer também glaucoma, vermelhidão, perda da visão, sangramento, estrabismo e heterocromia (um olho de cada cor). Em estados avançados pode ocorrer a deslocação do globo ocular para fora e até comprometimento do sistema nervoso central com dores de cabeça e vômitos. O importante é o diagnóstico precoce, em estudos publicados viram que os piores prognósticos foram de pacientes que demoraram a procurar ajuda médica mesmo já sentindo alguns dos sintomas listados.


Figura: Demonstração de um caso grave com comprometimento dos dois olhos em criança de 1 ano de idade em que foi necessária a retirada dos globos oculares para não ter riscos de vida para a mesma. A figura choca para o intuito de alertar para a gravidade e o cuidado no diagnóstico. (http://www.sarawakeyecare.com/Atlasofophthalmology/paediatric/paediatricophthalmologytpicture9.htm) 

O diagnóstico é feito por exames como o TESTE DO OLHINHO tão divulgado e muitas vezes negligenciado por pais que não entendem a importância. Exames de rotina que devem ser feitos pela criança nos primeiros anos de vida nos quais utiliza o teste de reflexo vermelho, o exame de fundo de olho e histórico familiar. Em alguns casos é solicitado ultrassonografia, tomografia de crânio e órbita e ressonância são utilizados para confirmação e avaliação do tu\mor. A confirmação é feita por exame histológico após retirada do globo ocular que é o tratamento em alguns casos.

O tratamento dependerá do estágio da doença, local e espalhamento. A função principal é eliminar a doença e em segundo preservar quando possível o olho e a visão.
Em geral a doença tem cura com tratamentos como quimioterapia, radioterapia, crioterapia, braquiterapia e laser. Todavia, na maioria destes a perda do globo ocular é inevitável através de uma cirurgia chamada enucleação.

Recomendações
 Faça o teste do olhinho na criança quanto antes após o nascimento. Se não fez, procure o quanto antes.
Faça uma reavaliação até os 3 anos ou ao notar qualquer alteração como olho vermelho, reflexo branco, estrabismos ou reclamações da criança com coceira nos olhos, dor entre outros.
Se tiver histórico familiar vale a pena procurar um especialista em doenças genéticas para melhor acompanhamento.


 








Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.



Referências pesquisadas:
http://www.retinoblastoma.net/brochures/RBI_brochure_outside_1009.pdf
http://www.retinoblastoma.net/what_is.html


Rodrigues KES, Latorre MRDO, Camargo B. Atraso diagnóstico do retinoblastoma. Jornal de Pediatria. 2004; v. 80. 6:511-516.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

HIPERTENSÃO - TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER, MAS NÃO TINHA PARA QUEM PERGUNTAR.... (Parte 2)


 Tratamento


A maioria tem função de promover a vasodilatação ou diminuição do volume sanguíneo  e com isso a diminuição da pressão arterial, este efeito será conseguido através de diversos mecanismos diferentes. A escolha do médico e permanência do medicamento será pela resposta de cada organismo. Pode ser feita várias associações de até 5 fármacos para casos mais graves de hipertensão. O objetivo é manter os níveis de pressão dentro da normalidade.
Lembre-se: toda vez que sua pressão está aumentada, seus vasos e vários órgãos estão em “sofrimento” e isso um dia terá retorno através de doenças muito graves e até do óbito.
VOCÊ é o maior responsável pelo sucesso do seu tratamento. Não tenha vergonha de tirar dúvidas, sobre medicamentos, horários, reações, etc. É aí que o FARMACÊUTICO vai ser fundamental, ele mais do que ninguém entenderá como cada fármaco vai atuar, qual a melhor forma de tomada e se pode ocorrer alguma interação com outro medicamento que o paciente já esteja tomando.
Na parte 1 você já entendeu um pouco da doença, como acontece, quem acomete e o tratamento não medicamentoso (Leia mais: http://www.biotecnofarma.blogspot.com.br/2015/07/hipertensao-tudo-o-que-voce-queria.html).
Na parte 2 vamos aprofundar um pouco sobre os medicamentos mais indicados, e os efeitos colaterais que pode ser encontrado. Os efeitos colaterais que mais ocorrem é a hipotensão, que é o contrário da hipertensão, ou seja, a baixa pressão arterial. Outro problema que pode ocorrer é a impotência sexual, mas esse acomete mais idosos.
Em geral todas as drogas para essa doença tem tradição por estar há muitos anos no mercado. E como já dito em outra postagem é possível ter todo o tratamento de forma gratuita ou a preço de baixo custo (Leia mais: http://www.biotecnofarma.blogspot.com.br/2015/07/blog-post_5.html).
O importante no tratamento independente da droga de escolha é o sucesso em diminuir a pressão arterial e o bem estar do paciente. Se essas duas vertentes forem alcançadas fique tranquilo que você está no caminho certo.
A primeira Linha de tratamento possui 3 classes de fármacos: os inibidores de cálcio, diuréticos e os inibidores da enzima angiotensina (IECA). Apresentam boa resposta e poucos efeitos adversos. Entretanto existem vários outros, vamos abordar a importância e exemplos de cada tipo.
Inibidor do canal de cálcio
Esse grupo de medicamentos normalmente é utilizado em associação com outros grupos de medicamentos como os diuréticos, ou isolados para casos mais leves. São indicados principalmente no tratamento de idosos e negros. Existem vários fármacos que ainda se dividem em dihidropiridinas e não-dihidropiridinas. O principal efeito colateral é o inchaço nas pernas em pacientes com varizes ou problemas de circulação. Este problema melhora com a associação com IECA ou diminuição do sal. Todavia, esse edema não causa maiores problemas. Pode ocorrer também problemas com hipotensão que melhoram com ajuste da dose. E eventualmente pode ocorrer a impotência sexual (principalmente em idosos), dor de cabeça, constipação e tontura.
Os inibidores dos canais de cálcio dihidropiridinas são os mais indicados por serem mais efetivos.
Algumas drogas deste grupo: Anlodipina, nifedipina, felodipina, nitrendipina.
Os inibidores dos canais de cálcio não-dihidropiridinas são menos efetivos, porém também atuar reduzindo frequência e contração cardíaca. São indicados para pacientes com arritmias ou isquemias. Mas devem ser evitados por pacientes com insuficiência cardíaca grave ou baixa frequência cardíaca.
Algumas drogas deste grupo: Verapamil e diltiazem.
Diuréticos




Os diuréticos são considerados os de maior tradição, podem ser utilizados isolados ou em associação. Geralmente é indicado na primeira ou no máximo na segunda opção como tratamento, na maioria dos esquemas está nas associações. Se você toma mais de 3 anti hipertensivos e dentro desse esquema não está um diurético é sinal de alerta e de reavaliação. Existe 3 grupos de antidiuréticos: tiazídicos, de alça e poupadores de potássio.
 Tiazídicos
Mais comuns, baratos e de bons resultados principalmente para negros, idosos e diabéticos. Alguns dos efeitos adversos que podem ocorrer é a baixa do potássio e sódio sanguíneo e elevação do ácido úrico.
Exemplo: hidroclorotiazida, clortalidona, metolazona.
 Diuréticos de alça
Medicamentos mais potentes mais com duração mais curta. Não são primeira opção, exceto quando o paciente tem insuficiência renal ou cardíaca. Sintomas colaterais semelhantes aos tiazídicos.
Exemplo: furosemida
Diuréticos poupadores de potássio
Esse último grupo são os menos indicados. Utilizados normalmente como droga complementar. Como efeito colateral pode causar excesso de potássio no sangue que é grave.
Exemplo: espironolactona
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)
Drogas que são utilizadas há mais de 30 anos com sucesso. Usadas tanto isoladas como em associação. É o tratamento preferencial em pacientes: diabéticos, insuficiência cardíaca, que já tiveram infarto ou tem hipertrofia do ventrículo esquerdo, com insuficiência renal. O efeito colateral mais visto é a presença de tosse.

Exemplo: captopril, enalapril, ramipril, etc.
Antagonistas do receptor da angiotensina II (ARA)
De mecanismos semelhantes as IECAs. A escolha entre um e outro depende da preferência do médico e do paciente. A maior diferença é que nessas drogas ocorre menos tosse.
Exemplo: losartana, telmisartana, valsartana, etc.
Betabloqueadores
Antigamente eram as drogas de primeira escolha, porém com estudos desenvolvidos, tem perdido campo para outros tipos. É utilizada em alguns casos específicos como: história de infarto do miocárdio, fibrilação atrial, angina de peito, hipertireoidismo, enxaqueca, hiperidrose, pacientes ansiosos, paciente com tremor essencial. Em outras ocasiões só é indicado se tratamento com outras classes não tiver sucesso. Não deve ser usados em pacientes com baixa frequência cardíaca ou asmáticos.
Exemplo: propranolol, carvedilol, atenol, etc.
Vasodilatadores diretos
Drogas utilizadas no tratamento de hipertensão de difícil remissão. Podem causar retenção de líquidos, taquicardia e dor de cabeça. O uso com diurético e betabloqueador pode amenizar esses efeitos. A hidralazina pode ser utilizada em grávidas, e por isso é primeira opção nesses casos. O minoxidil tem ação potente e causa crescimento de pelos no corpo.
Exemplo: hidralazina, minoxidil, etc.
Bloqueadores α-1
As drogas bloqueadoras alfa-1 são menos efetivos que as drogas de primeira escolha. Utilizado principalmente em idosos com hipertrofia benigna da próstata pois auxiliam na redução.
Exemplo: doxazosina, prazosina, etc.
Agonistas α-2 adrenérgicos
Drogas escolhidas em caso de hipertensão de difícil controle, tem efeito potente. Com efeitos adversos como boca seca, sono, dor de cabeça e tonturas. Pode haver uma elevação súbita na pressão arterial com a parada do medicamento, isso é chamado efeito rebote e pode ser perigoso.
Exemplo: clonidina, metildopa, etc.
Independente da droga de escolha é importante seguir as orientações do seu médico e farmacêutico. E guardar os medicamentos de forma adequada (Leia mais: http://biotecnofarma.blogspot.com.br/2015/07/como-armazenar-os-medicamentos.html).

Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.

Referências:


terça-feira, 7 de julho de 2015

HIPERTENSÃO (TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER, MAS NÃO TINHA PARA QUEM PERGUNTAR.... ) Parte 1

O que é hipertensão?

Pressão alta como é mais conhecida a hipertensão, é a pressão arterial maior ou igual a 14 por 9. Deve-se levar em conta a idade, já que com a idade a pressão arterial pode se modificar e não necessariamente a pessoa será hipertensa. O ideal é sempre avaliar a pressão e caso tenha histórico na família ficar mais atento.



Porque acontece?

Pode ser por vários motivos. Ocorre a contração dos vasos onde o sangue circula aumentando com isso a pressão.



                              http://www.artervas.com.br/hipertensao/img/hipertensao.jpg


 
 

Quais são as consequências da pressão alta?
Muita gente não se cuida porque muitas vezes não sente nenhum sintoma. Porém essa pressão alterada ataca vários órgãos nobres e vitais como coração, rins e cérebro. Além disso o vaso é uma estrutura delicada, e com a passagem do sangue com pressão alterada vai sendo machucada que com o tempo vai enrijecendo e perdendo a elasticidade natural podendo romper ou entupir. Quando isso ocorre no cérebro é o famoso e trágico AVC. Nos rins ocorre a alteração ou paralisação ocasionando em vários doentes renais precisando de diálise ou hemodiálise E no coração pode ocasionar um infarto.


Democracia da doença

  
Essa doença ataca todos, seja homem, mulher, crianças, magros ou gordos, calmos ou nervosos. Uma a cada quatro pessoas adultas tem hipertensão. Existe alguns fatores de risco para a doença.




Tratamento

A hipertensão não tem cura, porém tem tratamento que mantém os níveis adequados e impede complicações.
Existe algumas pessoas que desenvolvem uma hipertensão em algum período da vida e que passado essa fase, a pressão normaliza, um exemplo é durante a gravidez. Todavia, na maioria dos casos a pessoa sempre fará uso de medicamentos.
Num primeiro momento e após uma série de exames, o médico em geral tenta controlar essa pressão através da mudança de hábitos de vida como alimentação saudável, diminuição do sal, prática de exercícios, afastamento dos fatores de estresse, etc.

Quando só essas ações não funcionam ou quando os níveis pressóricos estão acima de 180/110 mmHg (18x10) é necessário entrar com tratamento farmacológico.
É importante para o paciente já em risco de desenvolver hipertensão ou hipertenso adquirir um equipamento para acompanhar sua pressão diariamente ao acordar pela manhã. Se for usuário de medicamento para hipertensão, essa medição antes da tomada do medicamento vai verificar se o medicamento está sendo efetivo. Os equipamentos automáticos são a melhor escolha pois são de fácil manuseio. Procure sempre o selo do INMETRO para garantir a qualidade.

É importante que o paciente tome o medicamento todos os dias e de preferência no mesmo horário conforme prescrição médica e acompanhamento do farmacêutico. Muitas pessoas só tomam quando sente um desconforto e isso faz com que o tratamento não seja eficaz trazendo riscos.
Marcela Lira Correia é Mestre em biotecnologia, bióloga, estudante de farmácia e mãe.


Referências: